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Questões de produção, parte 2

Foto do Moskow

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Três da manhã. Horas dormidas nas última 40 horas? Umas 10. A esta altura nossa protagonista está zanzando pelos corredores de um grande casarão antigo, zanzando como zanzam aqueles zumbis meio pilhados de filmes blockbuster.

O mundo da produção de eventos é um universo paralelo dos mais perversos – desses que você ama odiar, ou odeia amar. É impossível mas paga bem. É estressante mas é viciante. É massacrante mas faz um bem incrível pra autoestima. Fazer, ligar, realizar, construir, desenrolar, viabilizar. Muito mais verbo do que os costumeiros adjetivozinhos bonitos que eu me esmero tanto em usar nesses textos que quase ninguém lê.

Produção de eventos é um curso relâmpago de psicologia e educação. É uma injeção de ânimo, é um desafio. E é emocionalmente desgastante também. Mas fortalece. Porra, como fortalece. Separa as crianças dos adultos, mesmo. Separou esta que vos fala – evoluiu meu pokemon.

Saio da experiência profundamente transformada e adultescida, acreditando mais que nunca nesse mistério louco que é a vida conseguir sempre colocar as reviravoltas certas nos lugares certos, nas horas certas.

Saio moída também, mas é aquele moído bom de pós exercício físico. Ia emendar num "ou sexo" mas não sou de mentir: sexo eu não faço desde que começou o job. Porque de todos os mitos que você ouve por aí sobre produção, o mais difundido é aquele que diz que geral se pega. Não se confirmou, infelizmente.

Mas tudo bem, porque no fim das contas o que importa mesmo é a dúvida compartilhada no telhado proibido às três da manhã e as pessoas que ficam pra sempre.

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