E já vai fazer cinco meses, inclusive. Freud deve explicar a demora pra consolidar isso aqui no site, mas enfim, este nem é um textão. Não há muito o que dizer, apenas que lançar livro é melhor do que fazer aniversário, porque é um dia em que todos te celebram, mas sem aquele desconforto, afinal você fez algo pra merecer além de nascer.
Não estava nos meus planos lançar livro em 2019. Quer dizer, estava nos meus planos escrever, desde sempre, e um dia por favor quem sabe deus me ajudesse a lançar um livro. O plano pra 2019 era voltar pra academia acadêmica e fazer doutorado.
Acabei voltando pra academia de ginástica e lançando um livro. A vida é um trem desgovernado mesmo.
É um livrinho, no sentido de que é pequeno mesmo em medidas, mais precisamente um megamíni, mas saiu pela editora que sempre sonhei, a 7Letras, que lançou tantos dos meus contemporâneos favoritos e que faz tanto, TANTO pela literatura contemporânea. As redes sociais foderam com a minha vida foi o meu jeito de lidar com estar viva e tentar existir em 2019, tempos tão estranhos e ao mesmo tempo inescapáveis. Não é de hoje que estou tentando entender o impacto que a tecnologia está causando na gente, basta andar alguns posts pra trás e lembrar que no meu aniversário de 30 anos eu tive que fugir pro mato pra afzer um detox de internet.
O que me fez finalmente destravar e tentar publicar é um assunto complicado, que dava mais um livro, mas acho que dá pra resumir em três palavras: análise, coletivo e troca. Análise pra lidar com culpa e medo, coletivo pra dimensionar as coisas e troca com pessoas do meio pra lembrar que está todo mundo no mesmo corre e que a gente pode e deve se ajudar e se incentivar.
Cinco meses depois, nada mudou muito, mas é como se eu tivesse arrancado o maior e mais grudento band aid da história. Escrever, gostar, compartilhar e ser lida é, sem sombra de dúvidas, a melhor onda do mundo, e eu desejo não parar nunca mais. Segue linkinho pra quem ainda não comprou e quer comprar, e uma matéria linda que saiu na Gazeta.